segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Iaperi Araujo Lança Livro No Dia Do Médico.

Médico e Escritor Vicentino Lança o Livro “Ingrisia: A Medicina na Língua Do Povo”, Sobre Termos Médico-Populares Coletados Nos Seus 40 Anos de Exercício da Medicina.
                  O médico, escritor e artista Iaperi Araújo lançará nesta terça feira, 18, mais um livro na festa de comemoração do dia do Médico em solenidade a partir das 20 horas na sede do Conselho Regional de Medicina (Av. Rio Branco, Natal)
                  O livro, “Ingrisia: A Medicina na língua do povo” é o resultado da coleta de informações lingüísticas e termos médico-populares durante todos os 40 anos de exercício da Medicina, tanto no interior quanto no contato com pacientes em Natal.
                  È a dicionarização de termos populares mais usados pelo povo no seu contato com os médicos e segundo o autor, “ são termos arcaicos, alguns deles contemporâneos dos primeiros tempos da Medicina com Hipócrates, 390 anos antes de Cristo”.
                  Na apresentação do livro (Ed. Offset gráfica, 144 p, 2011) o presidente do CREMERN, Jean Carlos Fernandes enfatiza a importância do trabalho de Iaperi “Se Antonio Houaiss o tivesse conhecido, certamente o descreveria como um verdadeiro polímata, que no dicionarismo clássico é aquele que estuda ou conhece muitas ciências.”
                  Já Iaperi Araújo, na explicação do prefácio, escreve: “... é fruto do meu trabalho de mais de trinta anos convivendo com a cultura popular e o falar do povo.” E ainda justifica seu trabalho “Nesse balaio todo, pude constatar a pluralidade da nossa cultura. Não essa erudita, dita ensinada e escritas nas Universidades, mas a cultura popular, corriqueira e parente, que entra na porta da casa de todo mundo, se espalha pelos cantos e sai prá rua, nos diálogos diários e permanentes.”
                   A dicionarização de termos populares, alguns considerados chulos, já rendeu um longo processo em meados do século passado, em Natal, quando o prof. Clementino Câmara apresentou ao Governo do Estado o projeto de um livro sobre o linguajar popular que denominou “Geringonça” e que teve parecer contrário à sua publicação por conter termos considerados imorais.
                  O texto foi resgatado, anos depois pelo professor Geraldo Queiroz que o utilizou em sua tese de Mestrado, publicando-o depois.
                  O livro de Iaperi trata especificamente da linguagem médico-popular e ele explica a predileção do povo pela colocação de apelidos em seus genitais, já que seria imoral a citação do nome próprio na conversa cotidiana: “Dessa forma tem uma ruma de nomes dos genitais, tanto masculinos quanto femininos. E pro ânus também. Alguns carinhosos. É que o povo dá um valor danado aos seus predicados tanto genitais quanto excretais.” 

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