quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Valeu Gonzagão!

Homenagens Marcam Centenário De Luiz Gonzaga, o Rei Do Baião.
                Em comemoração aos 100 anos que o cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga faria nesta quinta-feira (13), uma série de homenagens serão realizadas. Dentre elas, o lançamento de um selo comemorativo dos Correios ao centenário do nascimento do artista, conhecido como o Rei do Baião, nas cidades de Juazeiro do Norte (CE), Recife e Exu (PE). No domingo (16), o evento será em Entre Rios (BA).
               O programa Segue o Som na TV Brasil, que vai ao ar as 23h00, irá apresentar um especial contando a história da vida e obra musical de Luiz Gonzaga, onde vários nomes da música brasileira interpretarão seus maiores sucessos. Também dentro das comemorações, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), preparou um especial sobre o artista.

História

                Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em 13 de dezembro de 1912 na cidade de Exu, em Pernambuco, filho dos lavradores Januário José Santos e Ana Batista de Jesus, esta mais conhecida como Santana. Ainda na infância, Luiz costumava ajudar o seu pai tocando zabumba em festas pela região, pegando desde cedo o gosto pela coisa.
                Em 1989, morria em Recife, aos 77 anos, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Ele foi um dos maiores expoentes da música popular brasileira, o maior representante e o maior divulgador da música regional nordestina no País e no exterior.
               O amor chegou ao coração de Luiz Gonzaga causando-lhe alguns problemas. Aos 18 anos, seus pais descobriram que ele estava se envolvendo com a filha de um coronel da cidade, que dele não gostava. A surra foi grande. A tristeza por não se casar com Nazarena levou Luiz a fugir de casa e se alistar no exército em Crato, no Ceará. Após um tempo viajando pelo País como corneteiro do exército, deu baixa e foi para o Rio de Janeiro.

               Registros biográficos apontam que o gatilho para o crescimento da carreira de Luiz veio com a apresentação dele em um programa de Ary Barroso, em 1941, onde tocou a instrumental “Vira e Mexe”, vindo ela também a ser a sua primeira gravação.
               Foram cinqüenta anos de carreira, com mais de 70 discos gravados. Gonzagão, como era chamado pelos muitos admiradores, criou uma obra poético-musical única. Inspirou-se tanto na vida do sertanejo forte e sofrido, quanto nos sentimentos românticos de homem sensível que foi. Se hoje se canta e dança forró de Norte a Sul do Brasil, se a música popular nordestina é objeto de estudos e cultuada por intérpretes refinados, com certeza, isso se deve a esse artista maior.

                Luiz Gonzaga detinha a arte de inserir melodia em enredos sobre a condição desfavorável da terra onde nasceu. Em 2012, o Brasil comemora 100 anos de nascimento de Luiz Gonzaga e celebra o legado deixado por um dos maiores ícones da história artística brasileira.
                Não sem consistentes motivos, a obra de Gonzaga é lembrada mesmo após 23 anos de sua morte. As suas músicas lideram rankings das mais tocadas até hoje. Acrescentam-se o ineditismo; a forma como ele conseguiu representar através de um estilo a cultura, os costumes, o jeito de seu povo. Causou revolução no imaginário brasileiro quanto ao nordeste, aproveitando o bom momento dos meios de comunicação à época e apresentando o sertão como um dos vários “brasis”.

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