Oficinas e Espaços Culturais Servem De Ponto De Produção e De Venda. Nas margens Do Rio São Francisco, Diversão Também é Garantida.
Roque Santeiro é um dos artesãos residentes da Oficina Mestre Quincas, em Petrolina
A cidade de Petrolina, em Pernambuco, fica às margens do Rio São Francisco e desfruta de paisagens naturais ricas e marcantes, que servem de inspiração para artistas de toda a região. Junto com Juazeiro, na Bahia, a cidade forma o maior aglomerado urbano do semi-árido nordestino, segundo dados do Censo 2010. Essa característica atraiu, ao longo dos anos, migrantes de toda a região em busca de melhores condições de vida. Para aqueles em que o talento artístico se manifestou, a Oficina do Artesão Mestre Quincas serviu como ponto de partida para abraçar o artesanato como forma de sobrevivência.
A oficina existe há 22 anos e reúne artesãos que trabalham com madeira, tecido e também pintura. É um espaço democrático, coordenado com a doçura e a firmeza de uma mãe por Maria da Paz Araújo, 68 anos. Há 55 trabalhando com bordado e costura, Da Paz, como é chamada, foi uma das primeiras artesãs do espaço. “Eu morava em Souza, na Paraíba, quando fiquei viúva. Tinha cinco filhos para criar”, relembra.
A vida acabou levando-a até Petrolina e o artesanato vem sendo seu sustento desde então. “Hoje, me sinto realizada de ver quantas famílias sobrevivem da arte aqui nesse espaço”, conta. A oficina foi fundada por um grupo de 40 artesãos que se mobilizaram para criar, na cidade, um espaço para trabalhar e expor sua arte.
No começo, as peças não podiam ser vendidas no local, que era apenas para produção das obras, mas os artistas conquistaram o direito a comercializar seus produtos lá mesmo. Só que para poder vender na oficina, Da Paz avisa: tem que ter preço e qualidade. “Eu sou firme no meu trabalho, temos que zelar por nosso nome”, defende.
G1.
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