Dramaturgo, Poeta e Romancista Paraibano Versa Sobre o Tema "Diálogos da Ciência Com a Cultura Popular", Em Aula Magna hoje (terça) Com Início Às 18h, No Teatro Alberto Maranhão.
O Dramaturgo, Poeta e Romancista Paraibano, Ariano Suassuna Em Palestra Na Cidade do Natal, Hoje.
O evento esta sendo promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte - FAPERN e faz parte da programação do Grupo de Estudos sobre Culturas Populares, numa parceria com o Departamento de Antropologia do CCHLA/UFRN e Fundação José Augusto, dando prosseguimento ao projeto Agosto da Alegria. Após a participação de Ariano, o encontro continua com apresentações culturais, mesas temáticas, conferências, lançamento de livros e debates.
Ariano Suassuna é o criador do Movimento Armorial, que proporcionou o encontro da arte erudita com a popular. A ponte entre os dois mundos - a sabedoria do povo e a teoria acadêmica - é o tema sobre o qual ele construiu toda sua obra literária e parte dos seus estudos. O escritor vai pontuar a 'aula espetáculo' com o habitual misto de erudição, precisão comunicativa, conteúdo e bom humor - e claro, alguma polêmica, resultado de sua postura conservadora de defensa ferrenha aos preceitos nordestinos tradicionais, sem concessões à dita cultura moderna. O mestre não poupa críticas (analíticas) à situação cultural do país.
As falas de Ariano abordam o Nordeste sob todos os aspectos, entre música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema e arquitetura. Lançou o Movimento Armorial, em outubro de 1970, com o concerto "Três Séculos de Música Nordestina: do Barroco ao Armorial", na Igreja de São Pedro dos Clérigos e uma exposição de gravura, pintura e escultura. O escritor também foi Secretário de Educação e Cultura do Recife de 1975 a 1978.
O paraibano nascido em João Pessoa escreveu sua primeira peça em 1947, intitulada "Uma mulher vestida de sol", que rendeu o prêmio Nicolau Carlos Magno. Obras como "O santo e a porca" (uma das suas obras que desde 2011 é indicada para o Vestibular da UFRN), "O casamento suspeitoso" e "A pena e a lei" são amostras destacadas de sua vasta produção. O principal texto teatral de Ariano, "O auto da compadecida" (1955), foi considerado por Sábato Magaldi, crítico teatral membro da Academia Brasileira de Letras, "o mais popular do teatro moderno brasileiro". Mais tarde virou filme, encenado por atores globais. As suas obras já foram traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês. Atualmente, o mesmo ocupa a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras, além das respectivas academias da Paraíba e de Pernambuco.
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