Tímida Ação Do Governo Vai Inviabilizar o Que Resta Da Agricultura e da Pecuária No Nordeste.
O poder público dos estados integrantes da região nordeste, continua agindo na contra mão das ações de combate aos efeitos da sêca. Sempre se equivocam na forma de agir quando se trata da tomada de decisões relativas às medidas e ações de combate aos efeitos da estiagem. Nunca essas medidas podem ser efetivadas num só ponto. As ações têm sempre que atacar o problema, com soluções em várias direções. Por vezes é necessária a tomada de medidas assistencialistas, outras vezes, é imperioso que o processo de tomada de decisões contemplam formas de atender, de forma assistencialista a população afetada pelos efeitos da estiagem.
E, entra ano e sai ano, haja seca ou inverno, toda vez é um blefe só. Nenhuma esfera de governo está preparada para deflagrar qualquer plano que possa atender esse contingente de mão-de-obra sem oportunidades de ocupação e renda e, as carências de nutrição do gado bovino, dos caprinos, dos ovinos, dos suínos e de outros animais de pequeno porte. Todo início ano é um alvoroço só. Não há no Brasil qualquer entidade que possa confirmar com relativa precisão, qualquer prognóstico com relação à estação chuvosa. Nos últimos dez anos, o percentual de acerto dessas previsões não tem correspondido com a realidade. E, os médios e pequenos produtores rurais têm ficado à mercê da própria sorte, diante do quadro de seca e em razão da escassez de recursos para custeio e investimentos do Governo do Estado, agravado pela omissão do Governo Federal, que deixam esses produtores à mercê da sua própria sorte.
O governo do estado, não dispõe de recursos humanos e financeiros para assumir sozinho o ônus e a responsabilidade de encontrar soluções de ocupação e renda para esse importante contingente de mão-de-obra do setor primário do estado. Dentro desta linha, a Governadora que esteve em Cruzeta esta semana, mostrou-se preocupada com a seca no Seridó e em todo o estado. “Apesar de estarmos na maior seca dos últimos 50 anos, o Estado está fazendo obras para combater e ajudar nesse período de estiagem. Hoje estamos realizando um sonho de mais de 10 anos, que é o de entregar o açude da Emparn”, frisou.
Na Emparn a governadora assistiu a uma palestra sobre o trabalho de pesquisa desenvolvido pela empresa e que conta com o apoio do Banco do Nordeste. Rosalba conheceu mais sobre as Tecnologias de Convivência com a Seca que auxiliam na alimentação de ruminantes, como o secador solar de fenos triturados, palma forrageira irrigada, sorgo ponta negra para silagem, ração de caju e xiquexique cardeiro. “Todos nós que somos do semi-árido sabemos do sofrimento que é enfrentar uma estiagem. Precisamos de coisas novas, não existe caminho do desenvolvimento sem inovação”, falou Rosalba. Só que apenas essas ações pontuais não resolvem os problemas das milhares de famílias que estão vivendo sem qualquer possibilidade de ocupação e renda familiar, com a fome humana e animal, batendo sua porta.
Alheio a tudo isso, o Governo Federal não tem tomado medidas efetivas em associação com estados e municípios para essa região, no sentido de resolver os problemas causados pelo flagelo da sêca. Quantos açudes estão sendo construídos ou reparados?Quantas cisternas estão sendo construídas? Como os pequenos e médios produtores rurais vão alimentar os seus pequenos rebanhos? Ninguém sabe! Por outro lado, as dívidas desses produtores rurais só fazem crescer. Ainda não foi efetivada qualquer medida de perdão desses financiamentos que foram contratadas sem qualquer seguro e que, daqui prá diante, essas dívidas só irão crescer. Com tudo isso, só resta ao sertaneja uma solução: a oração. A hora agora é de rezar!
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