domingo, 17 de abril de 2011

"Ainda Vamos Demorar a Arrumar a Casa".

Após os Cem Primeiros Dias No Cargo, a Governadora Rosalba Fala das Dificuldades Que Encontrou Para Implantar o Seu Projeto de Governo.
                       Em Entrevista concedida pela Governadora Rosalba Ciarlini, a gestora deixa claro que, em sua visão, ainda há muito a fazer para deixar o estado em ordem. "Em 100 dias deu para tirar um pouquinho da poeira, mas ainda resta muita coisa", resume. No campo político, ela garante que não vai sair do DEM para entrar no PSD, e é bem lacônica ao comentar a ida do vice-governador Robinson Faria para a nova sigla. A governadora fala sobre a situação de seu partido, volta a fazer críticas aos antecessores, afirma que novos convênios podem ser feitos com os municípios que prestem contas dos recursos aplicados. E promete ir a Brasília, após a Semana Santa, para acompanhar de perto a tramitação do edital do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, cujo edital já foi aprovado pelo TCU.
superar isso?

                     Ao falar à respeito dos seus 100 dias de governo, a governadora admitiu que ainda vai demorar um tempo. Gostaria muito de dizer "já arrumei, está tudo bonitinho", mas não está. Já conseguimos alguma coisa, mas a casa é muito grande. Em 100 dias deu para tirar um pouquinho da poeira, mas ainda resta muita coisa. Muitas vezes é o estilo de governar. Eu gosto de governar conhecendo tudo para poder planejar. Nisso eu tenho calma. Queremos fazer uma administração moderna. A Secretaria de Administração a cada mês ainda precisa receber de todos os órgãos a sua folha. Isso era para ser automático. É questão básica hoje e cria uma série de dificuldades. Tivemos o maior problema agora porque soube, depois de quase três meses de administração, que funcionários convocados no segundo semestre do ano passado para a saúde - médicos, enfermeiros - ainda não tinham recebido nenhum mês. Quando nós recebemos o governo, esses funcionários não estavam na relação dos empenhos nem dos restos a pagar, então eu não tinha como adivinhar. Para localizar quantos eram e onde estavam, e a folha de posse, foi uma luta. Queria pagar e não podia, por não ter ainda todos esses dados. Só estamos regularizando neste mês. E eles estavam trabalhando desde agosto. Então é esse tipo de situação que precisamos colocar nos trilhos. Ainda tem muita coisa para superar. É como mudar o pneu com o carro andando. O estado não pode parar, a saúde, a educação.

Dá para dizer que a assinatura da ordem de serviço para o Estádio das Dunas marca o início de um nova fase do governo, ou ainda é muito cedo para isso?

                  Falando sobre a assinatura da ordem de serviço para o Estádio das Dunas, a governadora assim se expressou: “para mim, apesar de ainda não estar como eu gostaria, os 100 dias já são a hora de a gente começar a virar a página. Também lançamos na sexta o edital da licitação dos dois túneis da Prudente de Moraes, que não estavam incluídos na primeira etapa. Outro exemplo é o terminal pesqueiro, pronto, que já poderia ser inaugurado em maio, mas infelizmente precisamos fazer agora um acesso para os caminhões, que depende de um viaduto saindo da Pedra do Rosário. Levantamos os custos e deu R$ 12 milhões. Já fui ao ministério solicitar apoio para podermos fazê-lo. Mas vamos tocar para frente. “É mãos à obra”.

                    No tocante ao pagamento de dívidas do governo anterior, levando-se em consideração de que esse passivo representa somente 10% do orçamento geral, sendo possível o pagamento da dívida do estado, a Governadora assim disse: “ esse orçamento foi feito pelo governo passado, que não deixou nenhuma reserva para pagamento da dívida, que segundo o ex-governador é de mais de um bilhão. Não foi feita nenhuma reserva. Todo o orçamento está comprometido com as questões do dia a dia, como o pagamento de pessoal, da dívida pública, a manutenção da máquina e os investimentos. O grande problema é que esta dívida está aí e não foi contemplada no orçamento. Até para que muitas delas serem pagas legalmente, é preciso um trabalho muito grande. Foi o caso dos convênios com os municípios, que não tinham orçamento, não tinham sido empenhados e não foi restos a pagar. O próprio governo tinha cancelado no início de dezembro mas, no dia 31, republicou. Mas esqueceu de empenhar e de colocar no orçamento. O que podemos fazer são novos convênios. Claro que naquelas obras em andamento, nós não vamos desperdiçar o que já foi gasto, mas para isso eu preciso que cada prefeitura preste contas, para saber como foi empregado o dinheiro.



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